Tomie Ohtake nasceu em Kioto, Japão em 1913 e faleceu hoje 12 de fevereiro de 2015. Veio para o Brasil aos 23 anos visitar o irmão que morava em São Paulo e não pode retornar ao Japão devido a Guerra do Pacífico. Aqui no Brasil conheceu seu marido, o engenheiro agrônomo Oshio Ohtake. Priorizou a família e só começou a pintar aos 39 anos.
No seu centenário foram feitas grandes exposições de sua obra, uma delas no Instituto Tomie Ohtake, que tem na presidência seu filho caçula, o designer Ricardo Ohtake. Seu filho mais velho, o arquiteto Ruy Ohtake projetou o Instituto Tomie Ohtake e também a casa/ateliê onde morava em São Paulo.
Considerada uma das maiores expressões da arte abstrata no Brasil tem obras por todo o país e no mundo. “Gosto de fazer obras públicas porque mais gente pode ver”, diz Tomie.
Apesar de ter começado tardiamente, ela manteve uma carreira produtiva até o fim comprovando o poder da criação e da arte.
Tomie e sua mãe na casa da Mooca em São Paulo, onde ela viveu por três décadas com o marido e os filhos, e onde começou a carreira de pintora, escultora e gravurista.
Painel na estação de metrô Consolação em São Paulo, de 1991. São quatro painéis ao todo, compondo as Quatro Estações.
“As cores têm um valor objetivo, elas aparecem na obra para dar luz, contraste, profundidade, volume. Eu uso sempre roupas pretas, não sei como comecei a usar, mas gosto”. O trabalho de Tomie se apresenta em cores intensas, para não se misturar com as obras quase sempre se veste de preto.
Escultura em Santos para a comemoração dos 100 anos da imigração japonesa.
Tomie Ohtake em ação na foto de Luis Carlos Santos.