Do Oriente ao Ocidente
Estes pedaços de cerâmica colorida vêm através de séculos ornamentando a arquitetura ocidental e oriental.
A palavra azulejo tem origem no árabe “azzelij” (ou al zulleycha) que significa pequena pedra polida e era usada para designar o mosaico bizantino. É comum relacionar o termo com a palavra azul, dado grande parte da produção portuguesa de azulejos se caracterizar pelo emprego desta cor. Mas a real origem da palavra é árabe.
Já no antigo Egito e na Mesopotâmia encontram-se azulejos, que vai penetrar na península ibérica no séc. XIV pelos mouros que levam consigo a origem do termo.
Com variantes técnicas o azulejo vai ser utilizado em países europeus, mas em nenhum outro com a abrangência de aplicação como em Portugal. Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, o uso do azulejo vai ser largamente usado nas fachadas dos casarios coloniais, e também recobrindo paredes internas de igrejas e conventos. Em São Luís do Maranhão temos o maior conjunto de casas com fachadas de azulejos, sendo alguns bem preservados.
Vários artistas e arquitetos vão utilizar o azulejo como elemento fundamental de sua obra. Na Europa Antonio Gaudi trabalha com maestria pedaços de azulejos que cobrem as fachadas de seus projetos arquitetônicos e até os pináculos da Sagrada Família, igreja magnífica até hoje inacabada em Barcelona.
Athos Bulcão, pintor e escultor, vai desenvolver seu trabalho junto com Niemeyer em Brasília, compondo grandes painéis em vários edifícios públicos e privados da cidade. Outra artista brasileira contemporânea é Adriana Varejão com obras nas principais exposições de arte nacionais e internacionais como a bienal de São Paulo, Tate Modern em Londres e MoMa em Nova York.